Disfunção erétil? 10 coisas que você precisa saber

O que é disfunção erétil? Para a maioria dos homens é extremamente frustrante, na hora do sexo, não conseguir ter ou manter uma ereção.

Muitos homens prefeririam ter um infarto a ter disfunção erétil.

Na nossa cultura, o pênis é bastante valorizado e, quando ele não funciona do jeito que se supõe que deveria “funcionar”, a frustração, angústia, revolta e baixa autoestima tomam conta do homem.

Mas o que realmente é disfunção erétil ou só uma frustração sexual?

Quando se tem dificuldades para ter ou manter uma ereção, geralmente, a sensação que se tem é de estar vivendo um problema sem solução. Pior:

vivendo um segredo

Isso porque não é comum os homens conversarem entre si quando “falham”. A sensação é que ninguém mais tem esse problema e a pessoa é a única azarada.

Apesar disso, problemas de ereção são muito comuns:

atingem até mais de 50% dos homens

… dependendo da pesquisa e da idade dos homens pesquisados. Mas, geralmente, os homens “preferem” não falar sobre isso. Focam comumente em supervalorizar a própria potência sexual, sendo isso algo verdadeiro ou não.

Algumas noções básicas sobre a ereção podem ajudar a entender melhor o que se passa na mente e no corpo quando se lida com isso:

DEZ COISAS QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE DIFICULDADE DE EREÇÃO

1. Não ter ereção TODAS AS VEZES que se quer não é uma disfunção erétil. É uma frustração comum da vida. Todo mundo pode passar por isso. É normal.


2. Mas, então, o que é disfunção erétil?

Segundo o DSM V (manual que descreve e classifica os transtornos mentais), trata-se de transtorno erétil apenas casos nos quais:

  • no mínimo 75% das vezes,
  • nos últimos seis meses, a pessoa não conseguiu ter ou manter uma ereção suficiente para a satisfação sexual e
  • isso traz grande sofrimento.

Então, não ter ereção de vez em quando pode ser uma chateação e um constrangimento, mas não significa que você está com um problema grave.

De qualquer forma, se isso te traz desconforto, procure ajuda profissional. Não faz sentido sofrer sem a devida orientação profissional.


3. Existem outras coisas no sexo que você pode fazer além de introduzir o pênis ereto. Aprenda sobre os desejos de sua(as) parceria(s) e inove.

Fixação na ereção e na penetração atrapalha a ereção e o intercurso sexual. Ficar se assisstindo durante o sexo é um problema. Se possível, explore outros aspectos da sexualidade.


4. Problemas físicos podem se associar aos problemas de ereção. Os dois principais: diabetes e problemas cardiovasculares. É importante verificar como anda seu coração, sua glicemia, sua tireóide, seus homôrnios sexuais e seus níveis de colesterol. Já foi num urologista esse ano?


5. Muitos casos de problemas de ereção são psicogênicos. Isso significa que possuem origem psicológica. Consideram-se psicogênicos os casos nos quais não há nenhum problema físico e, mesmo assim, a ereção não pode ser obtida ou mantida a contento.


6. Um dos principais motivos psicológicos para a dificuldade de ereção é a ansiedade de performance.

A pessoa se preocupa tanto se vai conseguir ou não ter ereção, que acaba não conseguindo ter, já que é necessário estar minimamente relaxado para o pênis ficar ereto (e ter excitação e/ou desejo sexual, claro).


7. Outros problemas de ordem psicossocial também impactam a ereção de o desejo sexual: sexo como tabu na família (nunca teve conversa aberta sobre sexualidade), traumas sexuais (seja alguma situação de perda de ereção que foi traumática ou violências, abusos), dúvida e/ou medo do que se gosta no sexo.


8. Mesmo em casos de problemas de ereção fisiológicos, por conta do medo de “falhar”, uma parte do problema pode se tornar psicológica ou ser aumentada devido à ansiedade e medo sobre o próprio desempenho por repetir mentalmente na cabeça “eu tenho esse problema”, prejudicando a vivência sexual.


9. Medicamentos podem tratar o problema. Os mais comuns são os inibidores de PDE-5, tais como sildenafila (Viagra), tadalafila (Cialis), vardenafila (Levitra) e Anavalafila (Spedra). É importante ir ao médico primeiro para não fazer uso inadequado e perder os benefícios que as pílulas podem trazer.


10. Terapia sexual (uma forma de psicoterapia) pode ajudar a lidar ou superar esse problema. A terapia sexual é feita com um psicólogo ou médico que fizeram formação específica para lidar com problemas sexuais.

O paciente irá entender melhor sua dificuldade, aprender a lidar de maneira diferente com sua ansiedade e se sentir mais tranquilo com seu corpo e sua sexualidade.

Marcos Carvalho – Sexólogo, psicólogo (CRP 8 – 19155), mestre em Psicologia pela UFPR e Doutorando em Sexologia Clínica pelo Modern Sex Therapy Institutes (EUA).

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